quinta-feira, 29 de maio de 2014

Instalação Artística | Cartaz e Folha de sala



Cartaz




Folha de Sala



Trabalhações

No nosso quotidiano, todos nós temos responsabilidades para com nós próprios como para com os outros, trabalhos que temos de fazer, e obrigações a cumprir. Por outro lado, também temos direito a momentos de lazer, de descanso e relaxamento, onde optamos por fazer coisas que nos dêem prazer e sem quaisquer preocupações.

O que acontece é que por vezes, colocamos esses nossos desejos e vontades, essas actividades que fazemos por gosto ou descanso, em primeiro lugar das nossas prioridades, deixando assim essas nossas obrigações para um plano posterior.

Assim sendo, e como forma de materializar a ideia de que muitas vezes as nossas prioridades estão trocadas em detrimento das nossas responsabilidades, criamos uma Cadeira, como símbolo dessas actividades de prazer próprio e relaxamento, utilizando um material abundante, assim como é abundante acontecer essas troca de obrigações por desejos e vontades, sendo que também é algo que está presente nesses momentos, jornais.

           Para além disso é visível algumas palavras-chaves no interior da sala, temáticas essas que são deixadas de parte, “penduradas” a quando da realização, ou não, de outras actividades de nossa vontade.

            É também visível a forma de agir de grande parte da sociedade, que em grande parte, cria uma “corrente”, um elo de ligação aos momentos recreativos e de descanso.
            Com isto, pretendemos alertar e chamar à atenção da sociedade para o que acontece muito frequentemente no dia-a-dia, a troca de prioridades.

            De modo a permitir não só a apreciação e interpretação da instalação, mas também a interacção, convidamos-vos a tirar uma folha e a deixar-nos um comentário, uma reflexão sobre o tema e/ou uma breve indicação de que trabalhos ou obrigações, ou actividade de relaxamento ou prazer abdicou, para estar aqui presente a visitar a nossa instalação. De seguida seguisse o exemplo do trabalho em si, fazendo uma bola com a folha e colocando na cadeira.

Gonçalo Costa
Inês Lalanda
Pedro Batista

Rodrigo Madruga

Relatório Crítico | Instalação

Relatório Crítico

Processo:

No âmbito da disciplina de Oficina de Artes, tivemos de desenvolver um trabalho de projecto para uma instalação artística, sendo este um trabalho de grupo. Assim, o nosso grupo formou-se, sendo constituindo pelos alunos Rodrigo Madruga, Pedro Batista, Gonçalo Costa e eu. 
Inicialmente, o grupo pensou em várias ideias que gostaria de realizar, mas acabámos por nos decidir em retratar um ambiente de seres estáticos, com morfologia humana, mas feitos de peças de puzzle. No entanto, depois de expormos à professora esta ideia, ela aconselhou-nos a não utilizar a forma do puzzle uma vez que era uma forma já muito trabalhada e desenvolvida em várias trabalhos de carácter artístico.

Na aula seguinte, tentámos reformular a ideia, mas não conseguimos chegar a nenhuma conclusão. Entretanto, o término do trabalho aproximava-se, e continuávamos sem ter uma ideia concreta, embora soubéssemos qual o espaço que iríamos utilizar. Surgiu-nos então a ideia de retratarmos uma sociedade que relega para último as suas obrigações, dando assim preferência a atividades de lazer. Em suma, queríamos materializar a sociedade em que vivemos e com que nos identificamos.

Partindo deste conceito a ideia tomou forma: algo para representar o lazer e algo para representar as responsabilidades, coisa que tomou forma com uma cadeira feita de papel de jornal amachucado. O jornal torna-se o símbolo das nossas tarefas, trabalhos, deveres, apoiados no nosso lazer, descontracção. 

No entanto, esta ideia só foi apresentada à professora dois dias antes do fim do prazo para o trabalho. Nesse mesmo dia, tornou-se-nos evidente a urgência para um produto final, facto que foi evidenciado pela professora. Começámos a trabalhar na cadeira, usando cartão para a estrutura e jornal com cola branca para o seu revestimento. 

Quando a cadeira em si ficou completa, a professora visitou a nossa o local onde trabalhávamos, e apontou-nos que o que tínhamos até àquele momento era uma peça de escultura, não uma instalação, ao que concordámos. Precisávamos de pensar em algo para envolver o visitante, para o fazer sentir-se parte de algo, e veio-nos a ideia de pendurarmos algumas das palavras que têm peso na nossa vida: trabalho, obrigação, responsabilidades. Desta forma, ao entrar na instalação, o visitante sentir-se-ia obrigado a rodear estas palavras, o que, de certa forma, é simbólico para o que é o quotidiano de muitas pessoas: evitarem as suas responsabilidades. 

Decidimos ainda pendurar duas fiadas de jornal amachucado que ligasse os candeeiros à cadeira, para dar a sensação que o repouso se eleva e ao mesmo tempo arrasta para baixo os nossos deveres.
Para finalizar, achámos que o visitante poderia participar activamente na própria instalação, escrevendo num papel aquilo que deveria estar a fazer naquele momento e, seguindo o modelo da própria instalação, amachucasse o seu papel e o colocasse na cadeira. Isto com o objectivo de tornar evidente a quantidade de coisas e obrigações e deveres que cada um de nós deveria realizar. 


 Aspectos positivos/negativos:

A meu ver, este trabalho de projecto não foi, na realidade, um trabalho de projecto para o nosso grupo, uma vez que não atingimos o que nos foi pedido. Este, sem dúvida, foi um aspecto negativo: o não termos conseguido trabalhar em grupo. Relativamente aos aspectos negativos, para além dos já referidos, houve muitos, como não termos tido uma ideia a tempo, nem termos começado a executar mais cedo. Desta vez, tudo o que correu menos bem abalou-me, tornando-se mais difícil voltar para o local e trabalhar. No entanto, também houve aspectos positivos. O facto de termos conseguido criar um produto final em tão pouco tempo é um deles. Enquanto grupo, não trabalhámos bem, mas conseguimos coordenar-nos de modo a conseguirmos terminar. E de facto, terminámos. 


Auto-avaliação:

Este projecto não demonstra, de maneira alguma, a pessoa que sou enquanto estudante de artes e enquanto pessoa mesmo. Penso que a nossa prestação enquanto grupo não foi de todo a esperada, e por isso estou desiludida tanto a nível pessoal como colectivo. Em resumo, embora me agrade o produto final, ficou claramente aquém do que podíamos e devíamos ter realizado. 


A Aluna: Inês Lalanda

Instalação Artística | Produto final












Instalação Artística | Continuação dos trabalhos













Instalação Artística | Progressos





Instalação Artística | Início de montagens

Início da montagem da cadeira





Instalação Artística | Materiais

Para o projecto da instalação artística, fomos divididos em grupos. Assim, o nosso grupo é constituído pelo Rodrigo Madruga, Pedro Batista, Gonçalo Costa e por mim própria. Desde o início que pensámos em usar materiais recicláveis, como jornais, cartões, ou mesmo objectos do dia a dia que já não tenham préstimo.

Quando definimos o que queríamos como produto final, decidimos que faria sentido continuar a usar materiais em que não tivéssemos de gastar dinheiro por serem "lixo", daí a ideia de usar jornal: não só é um material abundante, como reciclável e cujo custo é zero.

Para fazermos a estrutura da cadeira, decidimos utilizar cartão. 

Instalação Artística | Conceito

Instalação Artística | Conceito

No dia-a-dia, tanto temos responsabilidades para connosco próprios e para com os outros, como momentos de lazer e de relaxamento em que nos dedicamos somente ao que gostamos. Embora possamos ter consciência das nossas obrigações, muitas vezes estas são relegadas para segundo plano enquanto nos concentramos em actividades sem conexão com o que deveríamos realizar.

Desta forma, pretendemos materializar a ideia de que muitas vezes as nossas prioridades estão trocadas, sendo que colocamos o lazer em primeiro plano e em detrimento das nossas responsabilidades. Assim, pretendemos fazer uma cadeira, símbolo de actividades recreacionais e de relaxamento, com um material abundante: os jornais. Estes representam as nossas responsabilidades, sendo que se lerá nas várias folhas palavras que de alguma forma nos remetem para esta temática, como trabalhos, obrigações, entre outros.


A nossa intenção com esta instalação é chamar a atenção para o que acontece no nosso quotidiano: a troca de prioridades.

domingo, 30 de março de 2014

Relatório Crítico - Trabalho de recriação

Relatório Crítico


Processo:
A proposta apresentada pelas professoras da disciplina foi recriarmos uma obra seguindo a corrente artística que anteriormente havíamos pesquisado e apresentado a pares. O meu grupo estudou o modernismo, que não sendo concretamente uma corrente única, mas antes um conjunto de várias correntes, obrigou a que escolhêssemos uma corrente que nenhum dos grupos tivesse estudado. Sendo assim, escolhemos a pintura metafísica. Como dito em publicações anteriores, escolhi trabalhar a obra em que surge uma figura feminina.

Em primeiro lugar, pesquisei um pouco sobre pintura metafísica, uma vez que, embora abordássemos esta corrente no nosso trabalho de pesquisa, apenas a mencionámos vagamente. Assim, descobri que esta corrente faz-se representar por Giorgio De Chirico, e, desta forma, baseei o meu trabalho nas obras deste pintor. De Chirico representa a figura humana como um manequim, sem traços faciais distintivos e, consequentemente sem expressão. Em seguida, ao pesquisar os trabalhos deste pintor, foi notório também a sua forma de retratar os panejamentos: quer pelo uso de elementos arquitectónicos que modulassem as formas das vestes dos personagens, quer tendo o tecido pintado em si, mas sem grande modulação. Outro traço distintivo é o uso de sombras exageradas inseridas num ambiente pesado, de reflexão. Desta forma, conjugando estes elementos caracterizadores da obra de De Chirico, cheguei ao meu estudo final.
Após ter recebido a aprovação da professora, comecei a passar o estudo para a tela. Neste ponto, cometi um erro: o não pintar o fundo em primeiro lugar. Comecei inclusive a pintar a figura humana antes de começar o fundo, ou mesmo antes de dar uma cor base em toda a tela.
Por esta altura, quando fui mostrar à professora o meu estudo e as dimensões da tela, para que pudesse ter algumas directrizes sobre o posicionamento da figura, a docente sugeriu-me o uso de pastel de óleo após aplicar uma camada base da cor, uma vez que no meu estudo de cor foi usado este material, ao que concordei.
No entanto, à medida que ia pintando, mais me ia apercebendo que estava a gostar do resultado do acrílico sem pastel. Assim, fui pintando parte por parte a acrílico, deixando a pouco e pouco de pensar no uso do pastel.
No final, acabei por alterar dois elementos do meu estudo inicial: o braço da figura, que no estudo estava pintado como se de pele se tratasse, no trabalho final é apresentado como uma coluna, e parte da barriga, que no estudo estava de vermelho, ficou com um elemento arquitectónico.
O último passo foi aplicar uma última camada de cor no fundo.

Aspectos positivos e negativos:
A meu ver, neste trabalho, houve mais aspectos positivos que negativos. No entanto, estes últimos existiram, como em qualquer trabalho. O principal aspecto negativo foi a minha escolha de ter comprado tela a metro ao invés de ser uma tela já montada. Com isto perdi algum tempo a tirar as medidas e a ajustar a proporções, uma vez que parte do espaço em que poderia desenhar seria para prender a tela ao caixilho. Ainda relativamente a aspectos negativos, posso dizer que foi um erro não ter começado pelo fundo, uma vez que depois de pintar a figura central, tornou-se mais difícil retocar o plano de fundo. No geral, penso que os aspectos positivos superaram os negativos, uma vez que o resultado final é o que estava à espera. Em conclusão, estou contente com a composição final e com a minha prestação neste trabalho.

Auto-avaliação:
Neste trabalho, penso que a minha prestação foi razoável. A ideia surgiu-me mais rapidamente que no último projecto, de maneira que tive mais tempo para a concretização, com que fico satisfeita. No geral, gostei de realizar este trabalho, e apraz-me o resultado final.










Aluna: Inês Lalanda

Memória Descritiva - Trabalho de recriação

Memória Descritiva | Trabalho de recriação


A proposta apresentada pelas professoras da disciplina foi recriarmos uma obra seguindo a corrente artística que anteriormente havíamos pesquisado e apresentado a pares. O meu grupo estudou o modernismo, que não sendo concretamente uma corrente única, mas antes um conjunto de várias correntes, obrigou a que escolhêssemos uma corrente que nenhum dos grupos tivesse estudado. Sendo assim, escolhemos a pintura metafísica. Como dito em publicações anteriores, escolhi trabalhar a obra em que surge uma figura feminina.

Técnica: Acrílico sobre tela

Descrição: Uma vez que na pintura metafísica os rostos são apresentados como manequins, isto é sem traços faciais, a figura feminina torna-se menos humana e mais uma representação de algo que poderá ser notoriamente humano. A figura encontra-se na mesma posição do referente inicial, mas, no entanto, é notório a falta de tratamento e modulação do tecido com que se cobre, pois na corrente trabalhada os panejamentos são menos tratados e menos modulados que no referente. Para além disso, podemos encontrar alguns elementos arquitectónicos, no braço e na barriga, uma vez que a pintura metafísica utiliza estes elementos não só como moduladores de panejamentos, mas também como parte integrante da figura humana.
















Aluna: Inês Lalanda

Fotografias de progresso - Trabalho de recriação


 Estas são as fotos dos progressos já na tela do trabalho de recriação. Pode-se ver as várias fases do trabalho e as suas alterações. 






































Trabalho Final

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Estudo para uma coluna decorativa - trabalho de recriação

Na grande maioria das obras de Chirico podem ser vistos elementos arquitectónicos, como colunas, ou mesmo edifícios. Para o trabalho de recriação escolhi colocar a figura humana elevada numa coluna, como se de uma estátua se tratasse. Este é, assim, o estudo da dita coluna com um apontamento do braço e da saia utilizadas no estudo anterior.



sábado, 22 de fevereiro de 2014

Estudo da figura humana para o trabalho de recriação

Após ter decidido basear-me em Giorgio De Chirico, o passo seguinte seria escolher a obra ou obras sobre as quais me debruçaria. Assim, escolhi duas obras por diferentes razões:


                      



A pintura à esquerda pelo facto de Chirico trabalhar a figura humana de uma outra forma. Podemos encontrar esta sua particularidade quanto ao Homem em quase todos os seus trabalhos: decompõe a figura, tornando-a um todo constituído por partes segmentadas. 
Quanto à pintura da direita, o pintor utiliza as estátuas como representações da figura humana. Uma vez que tenciono tornar o Retrato numa estátua em cima de um pedestal, achei apropriado.
Assim, comecei por fazer um estudo do corpo e da posição do Retrato usando como referente a 1ª figura.



 Estudo da forma e da cor

 O estudo em comparação ao referente

 Progressos no estudo de cor

 Progressos em comparação ao referente

 Estudo da cor de fundo e de material

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Trabalho de Recriação de uma Obra - Referente Inicial e Corrente a Desenvolver

Foi nos proposto recriarmos uma obra de acordo com uma corrente artística previamente estudada e apresentada à professora. Calhou-nos o Modernismo, mas, uma vez que esta corrente é um conjunto de várias outras correntes e que uma parte delas foi apresentada em aula pelos nossos colegas, a professora sugeriu que procurássemos outros estilos pertencentes ao Modernismo, mas que não tivessem sido apresentados. Assim, escolhi trabalhar com a Pintura Metafísica, baseando-me no pintor Giorgio De Chirico. Das duas obras que a professora apresentou, escolhi ficar com o retrato  Madame Marie-Geneviève- Marguerite de Senonnes, de Ingres.


Uma vez que irei trabalhar esta obra baseando-me no pintor De Chirico, estas são algumas das imagens base em que o pintor utiliza a figura humana:





Pintura Metafísica

Este estilo de pintura aparece como uma recusa ao Futurismo: apresenta-se como uma arte intemporal, enquanto que a arte futurista aparece como uma ânsia pela aceleração do tempo e pela transformação da sociedade. A pintura metafísica é representada pelas obras de Giorgio De Chirico e de Carlo Carrá. Nestas composições, os elementos arquitectónicos presentes controem, paradoxalmente, espaços vazios e misteriosos, e a figura humana, quando representada, denota um forte sentimento de solidão e silêncio. 

Algumas das obras de De Chirico:


















Algumas das obras de Carlo Carrá: